Certamente, um dos grandes aliados para o desenvolvimento do skate na cidade, é o arquiteto. Nem sempre! O que dizer das lendárias pedras portuguesas que são usadas até hoje, e com certeza com um propósito contra o skate? É fácil ver obras prontas com algo que foi feito para evitar a prática do skate. Alguns realizam projetos que são executados, e que viram verdadeiras pistas ou skate plaza. Tivemos a pouco o problema com os guardas da GCM de São Paulo na praça Roosvelt, que a mais de vinte anos é frequentada por skatistas na cidade. Além de outras praças e "picos skatáveis", aqui e em outras cidades brasileiras e também fora do Brasil.
Assim como a praça Roosvelt, a Praça XV no Rio, o Vale do Anhangabaú, entre outros, são lugares altamente "skatáveis", O MACBA (Museu de Arte Contemporânea de Barcelona), é o sonho da maioria dos skatistas no mundo. A Visão do skatista com relação a uma praça uma escada ou a frente do museu, não tem nada a ver com a visão de pessoas que visitam o museu. Talvez muitos cansaram de andar de skate no MACBA, e nunca entraram no MACBA. O skatista admira de uma outra forma, uma escada, um corrimão uma praça com mármore, ou rampas de acesso a deficientes. No primeiro momento não é visto desta forma pelos olhos do universo skate. E sim a oportunidade de executar uma manobra ou uma linha de manobras. Em um determinado tempo como skatista, você olha para qualquer lugar e só vem na cabeça, skate. Isto é uma fenômeno que você pode parar de andar de skate por um tempo, mas sua cabeça fica condicionada ao skate. Lembro que a onda do fingerboard na adolescência me deixou com uma sequela. A mais de 10 anos não coloco um no dedo, mas a pia do banheiro pra sempre vai ser um bowl! Toda vez que olho para a frente dos bancos, lembro de uma manobra! Aliás o Banco Itaú, já foi muito bem vistos por skatistas na década de 90. Não porque tinham contas lá e as tarifas eram baixas, mas sim , pela sua entrada que sempre tinha um corrimão ou um mármore para ser aproveitado. Existe uma infinidade de lugares nas ruas que só o skatista olha com outros olhos, e enxerga outras coisas... É o skatigmatismo!
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